sábado, 6 de fevereiro de 2016

Amy




   Eu não me recordo em que ano ou em que ocasião eu ouvi pela primeira vez Amy Winehouse, deve ter sido em 2008 ou talvez até antes. O que eu sei é que depois que se ouve a voz e a liga à imagem única de Amy fica difícil esquecer essa cantora. 
   Amy desde sempre teve uma ligação muito forte com o jazz, e desde o começo de sua carreira se recusava a ser mais um fruto de produtores de música pop, onde o interesse é apenas vender uma boa imagem, muitas vezes sem um bom conteúdo. E isso dava pra perceber claramente nas suas composições, sempre profundas, tratando de assuntos pessoais, como um desabafo ao turbilhão de emoções que ela sentia dentro de si mesma. 

Sério, pare tudo o que estiver fazendo agora, dê play em alguma música da Amy e realmente escute a letra, a melodia, sinta a energia que emana pela voz dela. É uma sensação muito indescritível.

   O documentário AMY mostra toda a trajetória da cantora, desde antes da fama até o dia de sua morte. Ele mostra que Amy era apenas humana, uma pessoa que tinha seus próprios problemas e fantasmas, vícios, problemas familiares, distúrbios alimentares, etc. Ao passar do tempo enquanto seu problema com as drogas iam aumentando, eu me lembro que surgiram muitas críticas e sátiras sobre sua aparência, e ao ver todo a trajetória dela nesse documentário, algo me tocou profundamente, pois, consegui ver a "evolução" de seus problemas desde a raiz. Quantas vezes nós enquanto sociedade também julgamos alguém que sofre com algum vício? Julgamos essa pessoa como fraca e autodestrutiva e nem ao menos paramos pra pensar que o problema de drogadição de hoje provavelmente reflete uma desestrutura que vem lá do passado. 

   
   Ao assistir o documentário AMY (disponível no Netflix) eu consegui entender mais sobre a vida dela e recomendo a todos assistirem também. E para encerrar esse post, deixo o videoclip da música 'Stronger than me', música do seu primeiro CD 'Frank', onde ela parece um pouco diferente da maneira que nos lembramos dela.